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O presente estudo discute a necessidade e os usos de referęncias raciais, no meio acadęmico e no cotidiano brasileiro. Para tal săo trabalhadas algumas teorias que apontam uma forma inovadora de conceber a diferença e sua relaçăo com a identidade e a representaçăo. Posteriormente, é feito uma breve análise do pensamento social sobre o negro no Brasil, especialmente pelos teóricos afins ŕs Cięncias Sociais. Compreendendo como tal concepçăo pode delinear um espectro do que é ser negro no Brasil, serăo analisados alguns espaços onde a ideia do ser negro guarda um sentido diverso apropriado pelos ativistas, religiosos e moradores de bairros negros. Por fim, a análise se debruça sobre alguns conceitos que pretendem contribuir para a discussăo teórica pretendida, tais como, diáspora, diffčrance e a concepçăo de "terceiro espaço". Pretende-se desta forma romper com a ideia de um ser negro ontológico que se manteria, ainda que contrário a lógica de sua constituiçăo. Contudo, carregando em sua historicidade a artificialidade da criaçăo de uma teoria racial que dividia o conceito de humano em uma hierarquia perversa, legitimadora de exploraçőes e abusos