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O navio-mulher. O mais cruel amor em Joseph Conrad. Mas tornou avoltar-se para o brigue. Ver a sua t?o acalentada propriedade, quetinha a animá-la qualquer coisa pertencente ? alma de Freya, únicoponto de apoio de duas vidas neste vasto mundo, a segurança da suapaix?o, a companheira de aventuras, a força que arrebataria a calma eadorável Freya, que ia traz?-la até ao seu peito e transportá-la elevá-la até ao fim do mundo, ver essa coisa bela, que dava um merecido corpo ao seu orgulho e ao seu amor, aprisionada na ponta de um cabode reboque, n?o era uma agradável experi?ncia. Havia nela qualquercoisa de pesadelo, como ver em sonhos, por exemplo, uma ave marinhacarregada com um peso de correntes. [Joseph Conrad] Em 2015celebrou-se o centenário do nascimento do poeta Ruy Cinatti(1915-1986). Esta traduç?o de Aníbal Fernandes é também aconcretizaç?o de um grande desejo do poeta, evocado pelo tradutor noseu prefácio: «"Quando é que traduzes Freya das Sete Ilhas?" Qualquerdia? Era na altura a resposta possível, sem poder chegar a dizer-lheque esse "qualquer dia" podia ser distante, distante trinta e umanos.»