Conversando com Sedentários Assumidos: uma visão de Identidade e Saúde

A investigação realizada, de concepção nova,como parte da formação de mestre em Psicologia Social, não foi simples, mas foi uma ousadia com final feliz. Primeiro, porque abriu novos horizontes para o estudo da identidade em um não-lugar antropológico, na sociedade da informação, ao qual milhões de pessoas já se encontram afiliadas, participantes ou observantes ativas. Segundo, porque permitiu enfocar de modo crítico o discurso dominante de promoção de saúde, em um contexto fluído e carregado de sentido lúdico, o que reduziu a manifestação de resistência à crítica voltada para ações humanas bem intencionadas. No processo, diluíram-se os possíveis conflitos de interesses. Finalmente, porque a aventura de incursão na mídia social, para conversar com "sedentários assumidos" sobre saúde e identidade na contemporaneidade, possibilitou que nos retroalimentássemos, eu-pesquisador e sujeitos-objetos de pesquisa. A apropriação compartilhada dos sentidos e significados de saúde, qualidade de vida e identidade, sem dúvida, colaboraram para certo grau de emancipação para todos os atores sociais envolvidos nessa pesquisa. A mim, cabe agradecer a atividade dos "sedentários assumidos".